mais rápida que a lente cristalina
somente a retina capta o céu.
e mais lenta e mais necessária,
embora imprecisa, só mesmo
a caneta é capaz de imprimir
no papel aquilo que se sente.
é pena, perdeu-se a foto
e o sol, acreditem, não se repete,
é movimento puro e constante.
é fogo: o sol não se congela.
não há tempo de se ir a cata de retrato
parece lento e exato mas já foi
é cor que escapa feito nuvem algodão doce.
a lua, ansiosa, se anuncia plena e pronta,
toda cheia de si e quando desponta
ainda há luz no céu e vai subindo
quando o sol se distrair. esse,
roxo lá na barra, alaranja ondina,
deixa o rio vermelho e se põe
grená lá de amaralina.
pronto.
e por lá é só
azul morrendo
rosa discreto e
lua disfarçada
no coqueiro.
mas
não cabe,
não deu
já era,
perdeu.
só posso dizer o que dizia a bahia:
não era você que detinha a saudade
era ela que a sua falta sentia.
:)
ResponderExcluirque lindo demais sapildo
ResponderExcluirOs tambores ritmam seu coração e a energia da terra irradia sua alma. É com orgulho que a Bahia sussurra: Voa, meu filho!
ResponderExcluirMenino do céu!
ResponderExcluirVcs aí são muito bairristas, afe! :)
Lindo, lindo! clap, clap!
E vc heim?! A cada dia se superando...
Quando eu crescer quero "poemar" igualzim
Beijo grande!
Tia Rê.
Incrivelmente lindo.
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