dúbia

meia hora atento
e ainda indeciso,
não sei se prefiro
preso ou solto
seu cabelo preto liso.

mas, por favor,
não pare enquanto admiro
a curva que seus braços fazem:
ípsilon.

eis a dúvida à qual me refiro,
não sei bem que gesto sigo:

se a presilha presa na boca
ou a brecha da blusa que me leva ao umbigo,
se a sobrancelha alta
ou o lépido olhar fingidamente perdido,
se a linha delicada da nuca
ou o dedo que passeia perto do ouvido.

meia hora...

de relógio!

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