giovana

ela não é besta: pulou algumas luas na minha frente e pegou a primavera. todo ano seu sorriso abre flores. como um espelho. ela é generosa e me deixou uma árvore, dois dias antes. eu agradeço como ela abraça e entende minha poesia. e percebe meu anverso. é que ela é mais velha... quando era mais nova, coitada, foi vítima de erro médico: ao invés de cortarem umas veias, ampliaram-lhe o coração. e ela resolveu guardar lá dentro tudo o que via. tem vezes que os brinquedos não cabem no baú. hoje ela brinca de dar vida, pelas diversas vias: do parto ao acesso venoso calibroso. tremdelemburg.

ela é besta: acha que só se escreve com palavras.

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