eu [2]

minha alma sai e transita
qualquer existência possível
entre jazz e carnaval
entre fone no máximo
e tilintar distante de chaves no portão
entre gravata e chinelo
entre audiências e audições
entre chuva no vidro e água de coco
entre sorvete de creme na torta búlgara
e um pouquinho de pimenta num acarajé completo
entre fondue de queijo e picolé de limão
entre óculos escuros e escuridão
entre eu e mim
entre o talvez e o fim
ou
não

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