busca vida II
ainda hoje bebo das cores
daquele dia
e na embriaguez da retina
me confundo em nossos vocês
sou minha irmã
e por isso entendo
as camadas de seu choro
se por um lado
me preencho até a borda
por outro contorno quase tudo
sei a textura da ruga
do envelhecimento no mais novo
somos as matizes de mim mesma
que escapuliram para o mundo
por entre minhas pernas
e hoje lhe expandem o horizonte
como em uma aquarela
sou o olhar caçula do patriarca
que acorda a casa inteira
pra brincar de ver a festa
que a luz faz quando acha brecha
pra inaugurar o prisma na sua cria
por entre as telhas das horas
e nas paredes de abraço
só há cor
não há cronos
só há sol
cromos somos
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