quando vejo uma criança


quando vejo uma criança
lembro-me que já fui imenso...
tropecei foi nessa dança
do que eu sinto e do que eu penso.

essa mania me cansa!
eu era leve, fiquei denso.
a minha voz era mansa!
o meu tempo todo extenso...

o que quebrou essa balança?
foi o peso do adeus no lenço
d'onde cais, adolescência?

decrescer n'alma compensa?
que se grite à descendência:
deixem que o menino vença!

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